nunojob:~ dscape/08$ echo The Black Sheep

A praxe é, por natureza, uma anormalidade. Não vou discutir que dentro da anormalidade que é algumas pessoas tentam, de facto, integrar os alunos. Mas é uma coisa medieval e não tem lugar numa instituição de ensino superior. Nos moldes que as praxes são praticadas isto é um facto. E os responsáveis pela universidade, como o reitor, sabem isto. Não o dizem porque só têm a perder e nada a ganhar. Mas sabem-o. Sabem-o mas não fazem nada acerca disso.

Contudo como o ministro Mariano Gago enviou um oficio a falar sobre a responsabilidade criminal das praxes seria de esperar que o reitor mudasse algo. A pergunta seria. Será que vai ter a coragem de proibir os actos de praxe na academia ou, muito simplesmente, irá passar a batata quente para o lado dos alunos/docentes/funcionários com um despacho que mostra o seu compromisso em querer mudar as coisas, sem de facto o fazer? A resposta, essa é simples

Aqui está ela:

– Todo e qualquer acto ou procedimento que configure ilícitos de natureza civil, criminal ou disciplinar, deve ser de imediato participado à Reitoria, seguindo a tramitação normal.

Por exemplo dar uma joelhada na cabeça de um miúdo recém entrado na universidade? Ou andar de mascaras a coagir os caloiros a fazerem coisas contra a sua vontade, até eles chorarem? Quem faz isto? Resposta simples: As pessoas que são consideras pela AAUM como a máxima entidade no que toca a praxe. A joelhada que eu presenciei foi dada, por exemplo, por aquele que toda a gente indica como próximo papa. É o número dois da praxe. Admirado? Claro que não.

– Qualquer agente da Universidade, docente, funcionário ou estudante, que presencie actos ou procedimentos que configurem ilícitos de natureza civil, criminal ou disciplinar e que os não participe, pode ser responsabilizado (civil ou criminalmente) por omissão, em coerência com o conteúdo do Ofício ministerial.

Traduzindo: Se vires denuncia. Se não o fizeres a culpa é tua. Nossa nunca é.
– A participação nas actividades com significado académico ou sócio-cultural, integradas no acolhimento aos novos alunos, tem carácter voluntário, pelo que nenhuma forma de coacção física ou psicológica deve ser permitida nas instalações da Universidade.

Acho que preciso de andar menos de 50m para ver isto a acontecer, pelo menos, umas 5 vezes num espaço de uma tarde.
Não são autorizadas em nenhuma circunstância, manifestações de acolhimento, fora do Programa de Acolhimento aos Novos Alunos, que perturbem o normal funcionamento das actividades da Universidade.

Como dizer aos alunos para faltarem as aulas para ir fazer a praxe X/Y? Também nunca aconteceu. Nem vai continuar a acontecer…E a parte das manifestações de acolhimento é de rir. Digno de um sketch de gato fedorento. Estarão-se a referir a rebolar na lama, fazer flexões ou comer cebolas cruas?

Isto tudo é um pouco como o Marcelo e o aborto. É proibido, mas pode fazer-se. Eu cá aguardo o dia em que o reitor da Universidade do Minho seja uma pessoa de convicções e que não tenha medo de enfrentar as tempestades em prol de uma universidade melhor. Até lá, boa sorte aos caloiros.

O meu conselho é não participem nas praxes, nem assinem documentos a dizer que são anti nada, nem sequer liguem a qualquer pessoa que vos pede para os tratar por doutor/engenheiro. E se algum for contra o que diz neste despacho, denunciem a associação académica e não aceitem a lavagem que eles vos vão tentar dar a dizer que não há necessidade e é uma coisa de nada. Há necessidade e é muito grave. Se eles não fizerem nada, denunciem a policia e depois fiquem a ver como eles começam a saltar quando o fogo lhes chega ao rabo. Não deixem que ninguém vós rebaixe ou vos humilhe. Os vossos pais estão a pagar pela vossa educação, não para que uma cambada de imbecis vos trate como se não fossem humanos e tivessem menos direitos.

Comments on: "Reitoria volta a atacar – As praxes académicas" (29)

  1. Há gente muito parva… Qual é o problema das praxes?, Só faz quem quer, eu fiz, achei uma expriencia engraçada que nunca mais me vou esquecer, é uma marca na vida de um estudante.

    PS-na minha faculdade(ISEL), se disseres que não queres participar, ninguem te chateia, é simples, e olha que a maior parte quer… Só para te dar um exemplo, a maior parte dos novos alunos matricula-se durante esta semana, e na proxima sexta feira é a chamada missa do caloiro, ninguem é obrigado a ir, mas é engraçado ver os alunos a entrarem no isel com a t-shirt de caloiro todos contentes, quando podiam muito bem não aparecer, ou então aparecer sem t-shirt e provavelmente ninguem dava por eles, e olha que eu diria que mais de 80% dos alunos novos vai la aparecer sexta feira…

  2. As praxes são um ritual académico criado com o objectivo de integrar os alunos na vida académica. Quando um novo aluno chega ao Ensino Superior está sozinho, não conhece ninguém. Não é como o que acontece no secundário, em que ja se conhecem os colegas e no fim do dia vão todos para casa.

    A maior parte vai sozinha para uma cidade nova sem conhecer ninguem. A praxe obriga até os mais tímidos a conviver com os colegas, impedido-os de passarem os dias sozinhos em casa.

    Acredito profundamente que a supressão da praxe aumente bastante o número de casos de depressão em alunos caloiros.

    A minha adaptação não foi fácil, mas teria sido bem pior se tivesse passado por isso sozinho.

    É claro que existem os pobres de espírito que abusam sempre do pouco poder que têm. Existem sempre exageros, mas podemos chegar ao ponto de acabar com o quer que seja só porque alguém abusa.

    Não vamos acabar com todos os automóveis só porque existem street racers.

  3. Teresa Guilherme : E para 100 000 € a pergunta é: “Fez doi doi durante as suas praxes?”
    Tu : Nao

    TOIMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMM MENTIRA

  4. São pontos de vista. O meu difere mas respeito. Não vou dizer que não passei umas más primeiras semanas quando fui pra universidade. Seria mentira. Mas a praxe não é para acolher os caloiros. Se o fosse, ai faria sentido. Só porque os caloiros ganham um sitio para onde ir não quer dizer que esteja bem ou, muito menos, bem feita. Não está. Se querem acolher os novos alunos com o respeito que eles merecem força. Não vão ver uma única palavra minha contra, só de incentivo. Eu próprio o tento fazer, com incentivos, ajudas e tentando-os integrar ao máximo. Só não os mando fazer flexões.

    Ricardo ganhaste o meu voto para comentário revista Maria da semana. Um autentico vidente/para-psicólogo estilo zé povinho de trazer no bolso. Os meus sinceros parabéns por teres tanto insight. (Caso não percebas, o que é capaz de estar a acontecer, estou a chamar-te burro com todas as letras.)

  5. Conheço duas realidades de praxe bem distintas.
    Começo por aquela a que o Nuno se refere: a praxe na UM.

    Cheguei a esta instituição no “ano da graça” de 2006 vindo de outra instituição de ensino superior (lá chegaremos mais adiante) e portanto com um estatuto “superior” (aspas para não melindrar os mais sensíveis) ao de Caloiro pelo que não fui alvo destes rituais.
    A praxe na UM é sem dúvida muito diferente daquela que conhecia. Não percebo o porquê do recurso frequente às flexões mas é uma constante. Talvez devido a esta prática corrente muitos caloiros acabam por não se divertir vendo esta tradição como um castigo e não uma forma de integração.

    Em 2007 conferia-me a hierarquia o título de “Abade” e o facto de estar na UM há dois anos, mais dois noutra instituição de ensino superior, permitiu-me participar na praxe. Apliquei as regras que me foram impostas quando cheguei, sozinho, a uma nova cidade. Nunca algum Caloiro me tratou por Dr. ou Engº porque não era detentor desse título. Era regra na casa em que comecei tratar os “superiores” por “Sr. Estudante” e assim fiz questão. Nunca alguém foi por mim mando “encher” como forma de punição ou outra.
    Ao invés, apliquei as regras que me integraram naquela que foi, é e espero continue a ser a minha universidade. Existem fotografias das várias brincadeiras que organizei, que nunca tiveram finais menos felizes. Só participou quem quis conhecedores do que os esperava.

    Chegou a altura de dizer que foi a UE (Universidade de Évora) que me recebeu em 2004/2005. Foi lá que fui praxado (em dobro porque vivia numa residência universitária) e assim integrei rapidamente aquela que hoje apelido de segunda família.
    Nunca teria consigo uma integração tão rápida senão me tivesse sido provado que a união faz a força.
    Nesta casa não tive o meu percurso académico facilitado por motivos que não interessam ao tema e até na altura de decidir se o melhor seria ir embora pesou a opinião dos grandes amigos que lá fiz (muitos graças a este ritual).

    Isto para dizer que, e porque nos dias de hoje muito se ouve falar delas, talvez o que faça falta à praxe académica seja uma verdadeira entidade reguladora.

    Remato este já longo comentário deixando a certeza que guardo grande saudade dos primeiros dias da minha jornada académica no ensino superior e que rasgados sorrisos me são arrancados pelas inúmeras fotografias que tenho das BRINCADEIRAS em que participei.

  6. Comentário Interessante Paulo. Isto apesar de não estar a ver quem és :P Abraço

    PS. Parabéns pelo blog

  7. @nunojob: Quem sou… o mais simples para começar é dizer que vou passando pelo prt.sc ao fim do dia para ver o que dizem as vozes da blogoesfera e aí ter encontrado este artigo/post.
    Na UM, senão estou em erro relativamente à tua licenciatura, sou da concorrência ;): aluno de Matemática e Ciências da Computação (na verdade LCC. Entrei em MCC na Univ. Évora mas quando pedi transferência ingressei na UM já na remodelada licenciatura – não tive escolha :( ).

    PS: Obrigado pelo teu PS :P

  8. Concorrência? :) Claro que não. Obrigado pela visita, espero que continues a passar por cá. Eu vou adicionar o teu blog as minhas feeds. E se gostas do prt.sc aconselho-te a mandar uma candidatura do teu blog ao VD. :) Já temos muitos “made in uminho” lá pelo estámine.

  9. Na minha honesta opinião existem pessoas demasiado conservadoras. Desde que entrei na minha faculdade (IST), a semana de praxes foi simplesmente a melhor que tive. As praxes não se destinam a humilhar os caloiros e tratam-se de actividades facultativas. Na semana de praxes os novos sentem se mais integrados e divertem-se bastante. Existe sim pessoas que abusam, mas penso que esses casos deveriam ser tratados à parte, não proibindo um completo leque de actividades desde há muito organizado!

  10. boas. eu li o artigo e achei muito interessante. para mim so pode ser duas coisas: ou nao foste prazado ou foste anti-praxe.
    eu fui praxado e praxo neste momento, eu gostei da minha praxe e os meus ex caloiros todos eles dizem ter gostado. nao percebo qual é problema tao grande que algumas pessoas tem com a praxe, toda a praxe é feita de brincadeiras inofencivas. os caloiros sao um pouco levados ao limite para neles se revelar um instinto de entre-ajuda e de companheirismo. falaste em rebolar na lama, como se isso fosse fazer mal a alguem- todos os caloiros que o fazem acabam por achar piada porque é uma coisa que nao podem fazer no dia a dia.
    bater num caloiro, nao acredito, sera que nao era um caloiro infiltrado??
    eu acho que toda a gente que acha que a praxe é violenta é porque nem sequer se tentar integrar nela mas critica-la desde o primeiro dia. se levassem aquilo como uma brincadeira apercebiam-se que iam ser dos melhores tempos passados na universidade.

    so mais uma coisa. falam de as praxes obrigarem os alunos a faltarem as aulas. completamente mentira, normalmente quem esta a praxar é que obriga todos os caloiros a assistirem as aulas.

  11. Ehh pah.. tanto bla bla bla..

    Praxe = Diversao, fora isso deixa de ser praxe. é logico k há k impor regras, tanto a kem praxa como kem é praxado… principalmente pq existem mts “gringos” com a mania k sao maus qnd saem da escolinha.. e vêm pra univ. a pensar k ainda continuam a ser os maiores da rua deles….

    Pior k ser praxado é estar a praxar, de traje durante 1 dakeles dias de grande calor.. ou entao num dia de xuva.. em k n podem usar nada para se proteger dela e tal.

    Os objectivos da praxe nunca foram nem serão humilhar ninguem, mas há sp akeles “pipis” “não me tokes” k nem se podem por de joelhos, pq pode parecer mal.. (mas kem é k vai prestar atençao a alguem a ser praxado?)

    Os que já ca estão tb passaram pelas praxes, se não nao deviam poder praxar (devia haver regras mais rigidas ainda).
    Existe kem tenha a funçao de regular as praxes… sao os chamados “cardeais”, as confrarias.. trupes.. e afins…

    NINGUEM é obrigado a ser praxado, mas n pode esperar k toda a gente o aceite como igual , kerendo ele ser “o/a” diferente.
    NINGUEM deve aceitar uma praxe se não concordar com ela.. tanto k nem pode ser obrigado.Nenhum praxante pode seker tocar num caloiro (Existe 1 codigo de praxe para alguma coisa).Por isso, kem nao ker.. Simples, não faz, qnt muito sujeita-se a 1 praxe alternativa, e em caso de recusa.. dps logo se vê… há sempre a “folhinha” para assinar. (que devia de ser mais usada).

    Eu sou contra anti-praxes! principalmente akeles (ja vi exemplos disso) k nao kerem ser praxados, mas gostam de andar a ver os outros a serem praxados.

    Eu fui praxado.. basicamente fui bastante “fudido” durante as praxes.. e houve mtas k nao gostei.. mas no geral.. tenho MUITAS saudades das praxes k eu tive, é so uma kestao de levar tudo na boa (com limites, logico) k ng praxa so pra “foder” caloiros.

    Há sempre akelas BESTAS trajadas k usam os caloiros para se vingarem do k passaram… mas esses eu sou contra..

    Sou contra as MÁS praxes, e axo k o dever de todos os cardeais (depois de devidamente identificados) é zelar para k as praxes corram todas bem.

    É uma perfeita estupidez as restriçoes k kerem fazer ás praxes… pq.. deixam de ser praxes… e dps k logica é k vai ter a “Latada” ? e o enterro ? ou o cortejo ?
    kem é k vai ensinar as musikas aos caloiros ? vai andar tudo a cantar o noddy e o batatoon so pq nao se podem dizer palavroes nas musikas ? Mas agora somos de Cascais ? vamos virar tias ? Kem é k anda na UM e nc disse 1 palavrao fosse em k ocasiao fosse?
    Como “obrigar” (desculpem, fazer com que..) os caloiros cantem musikas, cantem mais alto.. k cantem direito.. se n podem ser “penalizados” por nao saberem cantar ? O que vai ser dos famosos combates de curso ? Em k os caloiros berram até alguem desistir..
    Vai ter alguma piada entrar na univ ?
    Ja nos xega bolonha.. para ter acabado com quase toda a vida nocturna academica… ainda kerem acabar com o resto ?
    A taxa de suicidios vai aumentar.. vai aumentar o stress, o numero de deprimidos.. de gravidas….

    Ahh e a quantidade de Obesos tb .. se nao fazem esforço fisico.. vai ser so engordar… ficam em casa, n convivem com ng… seria mt giro.. realmente..

    Desculpem la o testamento.. mas pla vossa opiniao tao “anti-praxe” ou sao mt “pipis” e importam-se demasiado com o k os outros pensam.. ou entao foram MUITO mal praxados…

  12. Boas,

    começo por dizer que ADOREI as minhas praxes e sou aluno da UM!Não interessa o curso mas posso dizer que é do polo de Azurem.
    Como é obvio respeito toda e qualquer opinião mas neste caso acho que estas completamente enganado.A praxe é o melhor que a universidade tem para integrar os alunos.Agora, como alguém disse, há gente de todas as maneiras e cabe as comissões de praxe deixar ou não fazer o que eles querem.É certo que nos primeiros dias os caloiros enchem mais pois foi a maneira que se arranjou de eles não estarem a gozar com quem os praxa e de aprenderem as coisas que lhes pedem.Mas a partir de uma certa altura(2/3 semanas)pouco mais enchem.Pelo menos foi o que me aconteceu e o que vejo acontecer no meu curso!
    Quanto ao tratar por sr. eng ou dr. é só uma maneira de distinguir as pessoas que estão a praxar e não vejo mal nenhum nisso.
    Digo ainda, que durante as praxes fiz brincadeiras espectaculares e que foi aí que eu conheci melhor os meus amigos!
    Para aqueles que acham que a praxe da UM não tem qualquer fiscalização convido a informarem-se e a compararem a UM a grande parte das universidades do país.Digo isto porque durante o ano em que fui praxado tínhamos visitas regulares de cardeais para saber se estava tudo a correr conforme as regras.Mais, tive um problema com um eng. e ele fui punido por aquilo que me fez, que foi apenas encher.
    No que a obrigações diz respeito, acho muito bem que quem não quer ser praxado seja distinguido para que depois não faça aos outros o que não quis que lhe fizessem.Mas nas praxes ninguém é obrigado a fazer seja o que for desde que isso não seja TUDO o que lhe pedem para fazer.Aí são, e justamente, declarados anti-praxe!
    Para terminar digo que este ano vou praxar e que a praxe da nossa comissão se vai basear em jogos de integração e não em praxes físicas e psicológicas porque é na diversão e integração que está o espirito da praxe!

  13. Ui que diarreia verbal que vai praqui. E tudo pelos obesos? (lol)

    O que eu escrevi é um despacho emitido pelo gabinete do reitor e para levar a letra. Não fui eu que inventei os parágrafos.

    Não me dou ao trabalho de responder porque só o faço quando o argumentador sequer me faz pensar sobre o assunto e querer responder com os meus pontos de vista. Com os vossos paragrafos só me apeteceu rir.

  14. […] 22, 2008 Texto completo do poeta Ja nos xega bolonha.. para ter acabado com quase toda a vida nocturna academica… ainda kerem […]

  15. Ai as praxes.
    Sou aluno da UM, entrei em 2002/2003 na antiga LMCC, onde fui praxado, sem nunca me ter arrependido das brincadeiras. Houve momentos em que o ambiente se tornou mais pesado, mas nunca aconteceu nada de mal. É óbvio que há sempre algum mais duro ou idiota mesmo, no entanto as recordações são boas.
    No ano seguinte mudei para a minha primeira opção LESI e aí andei na praxe na primeira semana, não era a mesma coisa, mais militarizado, também já tinha tido um ano e não estava com grande vontade de continuar a ter. Queria era estudar, no entanto, não deixei de me entrosar com os colegas.
    Após 2 anos, por motivos pessoais congelei a matrícula, sendo que este ano regressei e vejo que pouco mudou.
    A praxe é boa, integra o pessoal, mas se for bem feita. Até hoje apenas praxei uma vez e não estou a planear fazê-lo tão cedo. Tenho o curso para acabar e pretendo prosseguir.

    PS: Não foi a praxe que me tornou mais magro ou me fez sentir menos deprimido, na verdade, a sua falta teve o mesmo efeito. Serviu apenas para conhecer os meus pares e fazer amigos, grandes amigos.

  16. Sou este ano caloiro nesta magnifica universidade. Sinseramente não vejo o porque de tanta discusão, já fui duas vezes à universidade (matricular-me e tratar de papeis para a bolsa, banco, passes, alojamento, etc).
    Até agora andei lá normalmente, ainda nem sequer fui praxado, nem andei a fugir, ou seja pelo que vi só é praxado quem fica la a passear com essa intençao. Não sou anti-praxe, nem recusei ser praxado. Cumprimentei amigos, “praxantes ou praxados”, sem qualquer problema.
    Prefiro não andar pintado como um indio, ou sujo como o homem do lixo, enquanto não estiver a viver em braga, porque se em braga já é habitual, para mim é uma vergonha chegar a minha casa/minha cidade assim.
    Mas penso que isso faz parte do espirito academico, e quero fazer parte dele… Tudo a seu tempo.
    Não tenho nada contra as flexoes, cantorias, berros, etc… A unica parte que não anseio tanto é mesmo a pinturas e afins, ms o que tem k ser tem muita força!! ;)
    Tudo o que me for ofencivo(depreende-se contra a minha integridade fisica, ou opniao contraria de caracter), recusarei, “não salto uma ponte so por ver os outros saltar”. Somos todos dotados de uma consciencia, que a meu ver não deve ser descartada so porque fara outros contentes.
    Como tal, se há abusos nas praxes, a meu ver a culpa é tb dos caloiros(nos quais me incluo) por nao se informarem. A pesquisa mais basica na internet revela certamente o codigo das prazes d’uminho.
    Também penso que a inteçao do “nunojob” era esclarecer e criar ponto de discusao construtiva (como é obvio a quem tiver o minimo de conhecimentos de portugues), ou seja, como chegar a uma praxe, não ofenciva mas que permita na mesma aos caloiros criar novos laços e conhecimento da area estudantil, sem os humilhar ou danificar a sua integridade fisica… e a ele deixo a meu apoio por ter a capacidade de saber destinguir as praxes, pois nem todas são iguais.
    Abraço

  17. Hugo obrigado pela Colaboração.

    Pedro Coutinho (ou JP se preferires :P) melhor das sortes com o teu curso. Se eu puder ajudar tens o meu email no about, podes chatear a vontade.

    E obrigado pelo comentário, é fixe ver que existem caloiros que gostam de praxe mas conseguem ler o que eu escrevi e perceber do que estou a falar.

  18. Não sabia que tinhas essa idéia da praxe Nuno, mas respeito a tua opinião. A verdade é que a praxe ensina muitos a ter (principalmente) humildade, saber ouvir e saber falar na hora certa, criam-se muitas coisas boas por lá…
    Como deves saber eu e muitos dos nossos amigos adoraram a praxe, não por encher ou por rebolar na lama, ou por ter sido fodido por X ou Y. Criam-se lá memórias inesquecíveis, momentos óptimos mesmo, do tipo de coisas que nos vai acompanhar pro resto da vida.
    Quanto a esse incidente da joelhada… Ainda hoje me tá entalado na garganta, e todos sabemos a m**** que isso deu, e a m**** que podia ter dado se o assunto não tivesse sido abafado pelo cabido de cardeais. Enfim, partilhamos a mesma ideia daqueles que são supostos ser os monitores da praxe e responsáveis em manter que a praxe seja bem feita por TODOS. Parece que são usados vários pesos e várias medidas com esses nossos amigos.
    Sem mais, um abraço apertado,
    Manjerico

  19. Já agora a minha opinião é assim porque a praxe é o que é. Não tenho problemas com pessoas se divertirem e “criarem memórias inesqueciveis” :O Como é obvio.

    Abraço Manjerico :)

  20. Pois muito bem, as praches são óptimas, o convívio é óptimo, quando, efectivamente, servem para a integração dos “caloiros” no meio estudantil que é o melhor tempo que se tem, onde se vive com muita intensidade.É de aproveitar ao máximo!! O pior é que muita gente não tem limite, não sabe distinguir aquilo que é humilhante e prejudica os caloiros e aquilo que poderá tornar inesquecível a entrada na universidade. E destes, infelizmente há muitos, que estão desejosos de fazer aos outros pior que aquilo que lhes fizeram a eles, que descarregam as suas frustações nos caloiros, que se vingam… Numa praxe adulta nunca se deve esquecer o verdadeiro OBJECTIVO da mesma, que é o convívio e a integração dos caloiros no meio académico. Agumas parecem uma fraca imitação dos filmes de desenhos animados…ou então, como os praxantes não foram à tropa, gostam de imitar o que por lá se passa e que se pode ver através da televisão. Parecem miúdos a brincar ao Carnaval na rua…outros praxantes aproveitam para, pelo menos uma vez na vida, demonstrarem que têm poder sobre os mais “fracos”. Por isto tudo eu gostaria MUITO de ser a favor das praxes, mas não sou, porque, de facto, elas não servem para mais do que para resolver as frustações dos mais velhos e intimidar os mais novos que se vêem muitas vezes obrigados a participar em rituais anedóticos para não serem postos de lado pelos colegas.

  21. “O meu conselho é não participem nas praxes, nem assinem documentos a dizer que são anti nada, nem sequer liguem a qualquer pessoa que vos pede para os tratar por doutor/engenheiro.” <— Nota-se k foste mal praxado… mas tambem do curso onde tás.. espera-se td…

    ” E se algum for contra o que diz neste despacho, denunciem a associação académica e não aceitem a lavagem que eles vos vão tentar dar a dizer que não há necessidade e é uma coisa de nada. Há necessidade e é muito grave.” <— SOS Caloiro sff

    “Se eles não fizerem nada, denunciem a policia e depois fiquem a ver como eles começam a saltar quando o fogo lhes chega ao rabo.” <— Força, denunciem á policia.. k se eles (policias) vos apanham pela rua dos bares ainda vos espancam…

    “Não deixem que ninguém vós rebaixe ou vos humilhe. Os vossos pais estão a pagar pela vossa educação, não para que uma cambada de imbecis vos trate como se não fossem humanos e tivessem menos direitos.” <— Boa Sugestão…. mas… Não há mts professores k fazem essa merda e ninguem lhes diz nada? Cada um deve saber os seus limites, por isso…

    PS: devia ser comentario do ano, não do mês… isso é publicidade enganosa .. so pra vir aki comentar + xs..

    Não gostas da maneira k escrevo?… Temos Pena.. mas posso arranjar 1 N3rD Translator s0′ Pr4 t3 F@c1L1t4r @ L3r…

  22. Obrigado pela contribuição Nuno.

    GOD obrigado pela tradução. Fazes parte da história deste blog :P

  23. muito bem.

    sugestão: envia isso para a lista da UM ou para a reitoria (polindo alguns comentários). é necessário mobilizar a comunidade por uma universidade melhor.

  24. fds nuno o teu blog ando com um nível que cuidado!

    God podias passar pelo meu blog e cagar umas preciosidades dessas, era de valor.
    abraço e viva a praxe! =D

  25. superstout said:

    Eu nao percebo uma coisa. a praxe é tao ma ao ponto de estar tanta gente a defende-la incluindo caloiros e apenas uma ou duas pessoas a criticar??
    e é por causa desses sujeitos que ha tantos problemas e que provavelmente mais tarde ou mais cedo vao acabar com isto??
    e por causa de meia duzia de pessoas, ha pessoas que realmente querem e nao vao poder sentir o que é ser praxado??
    quem nao quer ser praxado que nao seja, nao ha nessecidade de se andar a queixar aos papas e coisas do genero.

  26. Fatima Matias said:

    Sou mãe de uma (agora caloira) e ate Há pouco tempo “bicho” e se antes tinha algumas reticencias quanto às praxes, neste momento não tenhp nenhuma.
    Depois de ver a felicidade com que a minha filha regressava das praxes, não pode de forma alguma tr se sentido humilhada ou maltratada. conseguiu de uma forma rápida e divertida criar uma relação de amizade com todos os que tal como ela eram bichos assim como com as “entidades” que a estavam a praxa. A unica coisa nas praxes que ela teve pena foi de terem acabado, por isso na minha opinião as praxes devem continuar de forma a integrar todos os que assim o desejem. a todos um bom ano escolar .

  27. Fico muito feliz por ti Fatima. É sinal que não és a mãe da miuda que foi violada o ano passado num contexto de praxe. Não é?

  28. Fatima Matias said:

    Sabes, muitas miudas foram violadas durante o ano e em sitios muito diversos
    muitas delas dentro do seio familiar.
    essa questão é gravissima mas tem outros contornos que não estão a ser abordados aqui.
    A minha solidariedade para com ela.

  29. SOu Noviço do Curso de Gestão da Grandiosa Universidade do MInho e como tal pretendo praxar no proximo ano e ao ler este blog fiquei tanto chocado como orgulhoso… chocado porque vejo que as pessoas generalizam aqueles que praxam e que falei sem conhecimento de causa porque uma das ordens do Papa este Ano foi que jamais algum caloiro deverá ser posto a chorar… e joelhadas e isso ou sao intencionais de praxe como eu ja vi doutores e caloiros a porrada para os outros ficarem com medo e ajudarem-se e caloiras a fingir que foram violadas como raptadas como roubadas… A universidade do Minha é a que mais protege os caloiros graças aos excelentes cardeais que temos e doutores/arquitectos/engenheiros. Nao generalizem…
    e quem bate palmas é do minho…é do minho…é do miiiinho

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